O câncer de próstata é o tumor maligno mais frequente em homens, quando se exclui o câncer de pele não melanoma. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de 60 mil casos por ano. Na Bahia, foram registrados 2.691 casos em 2018 e 1.219 óbitos. Este ano, já são 1.819 homens diagnosticados com a doença no estado.
De acordo com o coordenador do Serviço de Urologia do Hospital Cárdio Pulmonar, Lucas Batista, a mortalidade não é alta, desde que o tumor seja descoberto precocemente. “O problema é que muitos homens descobrem a neoplasia tardiamente, pois não realizam o exame de toque retal com regularidade”, afirma o médico.
Para o especialista, que é também vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – seção Bahia, o preconceito com o exame reforça a importância de campanhas de conscientização como o Novembro Azul.
Como explica o especialista, a próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). Tem como função a produção de um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozóides. “Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade”, diz.
Apesar de, na maioria das vezes, não ocorrerem indícios, o câncer de próstata pode manifestar alguns sintomas, como alerta o urologista Marcelo Cerqueira. “Pode haver dificuldade ao urinar, gotejamento após a urina, dor na pelve ou sangramento durante a urina ou ejaculação. O tumor pode até afetar o funcionamento dos rins”, pontua.
O urologista Romeu Magno reforça a importância de se realizar o exame anualmente após os 45 anos. “É preciso ficar atento, pois, na fase inicial, o câncer de próstata cresce lentamente e não demonstra sintomas”, sinaliza Magno. A doença é confirmada após biópsia da próstata, que é indicada se houver alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal.
Cirurgia robótica
Em casos cirúrgicos, Lucas Batista, que tem atuação em cirurgia robótica, destaca que essa modalidade é a melhor opção. “A impotência sexual, um dos maiores medos dos pacientes que têm indicação de cirurgia para tratar o câncer de próstata, é evitada em 86% dos homens submetidos à intervenção com suporte de robôs. Nas cirurgias convencionais (abertas), esse risco é mais elevado”, pontua.
Na cirurgia robótica, o cirurgião opera comandando quatro braços robóticos com articulações capazes de realizar sete movimentos, diferente da mão humana. O cirurgião tem ainda uma visão magnificada em dez vezes e em 3D. “Com essas qualidades consegue-se um excelente controle do tumor de próstata e uma taxa de potência sexual e continência urinária mais precoce”, completa.
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