Inca prevê mais de 620 mil novos casos no Brasil em 2020, mas pacientes contam com tratamentos menos invasivos, novas drogas e maiores chances de cura
Mesmo diante das estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que apontam para mais de 620 mil novos casos no país em 2020, entre homens e mulheres, os pacientes com tumores malignos contam com importantes aliados na batalha em favor da vida. Junto ao potencial de cura pela detecção precoce estão as drogas mais eficazes e com menores efeitos colaterais, novos tratamentos, técnicas cirúrgicas mais precisas e menos invasivas e maior conhecimento científico em oncologia. Diante disso, o Dia Nacional e Internacional de Combate ao Câncer – 27 de novembro – pode ter um significado mais positivo, como dizem os especialistas.
Ainda sendo uma notícia que não se quer ouvir, pois é uma doença com impacto emocional muito grande e com alto envolvimento familiar, o diagnóstico de câncer não representa mais uma sentença de morte, como destaca a oncologista Samira Mascarenhas, da Oncologia D’Or/Hospital Cárdio Pulmonar (HCP). A médica afirma que houve muitos avanços na identificação de fatores de risco e no entendimento da própria evolução do câncer, com o desenvolvimento de novas drogas e novas técnicas.
“A evolução da medicina proporcionou um grande avanço nos diversos segmentos das especialidades destinadas ao tratamento do câncer. Os métodos de imagens tornaram-se mais acessíveis e evoluíram, sendo capazes de detectar lesões menores. A cirurgia também evoluiu e as grandes incisões deram espaço às menores, permitindo recuperação mais rápida do paciente, menor tempo de internação, menor dor e maior benefício estético. Além disso, temos a inovação mais recente, que é a utilização do robô”, enumera Samira Mascarenhas.
Para a oncologista, com o desenvolvimento de tecnologias, foi possível entender melhor a origem da doença e, dessa forma, desenvolver medicações que atuam de forma mais precisa e com menos efeitos colaterais, como é o caso da terapia alvo. “No entanto, a prevenção do câncer é a melhor maneira de estar longe das estimativas. Ter uma alimentação saudável, não fumar, não beber, praticar atividades físicas regulares e ter o cartão vacinal em dia, assim como realizar os exames necessários para a faixa etária são medidas que podem prevenir o câncer”, pontua.
Para a oncologista Renata Cangussu, também da Oncologia D’Or/HCP, o diagnóstico precoce está entre os maiores aliados para qualquer tipo de câncer, o que pode elevar para até 90% as chances de cura, sem contar que pode permitir cirurgias mais conservadoras, menos mutiladoras e tratamentos menos agressivos.
“No câncer de mama, por exemplo, alguns casos dispensam a quimioterapia, há tratamentos mais novos, menos tóxicos, com menos efeitos colaterais, menos invasivos. Se descoberto cedo, a cirurgia pode ser conservadora, é possível não esvaziar a axila, por exemplo, e, em casos de quimioterapia, há ainda a possibilidade do uso da crioterapia, que evita a queda de cabelo”, explica Renata Cangussu.
“O trabalho multidisciplinar na investigação garante maior rapidez diagnóstica, precisão na tomada de condutas e a minimização de procedimentos fúteis, contribuindo para melhoria para o paciente e para o sistema”, completa Samira Mascarenhas.
Declínio
Anualmente, a Sociedade Americana de Oncologia estima o número de novos casos de câncer e mortes nos Estados Unidos e compila os dados mais recentes sobre a ocorrência de câncer de base populacional. Em 2020, projetam-se 1.806.590 novos casos de câncer e 606.520 mortes por câncer nos EUA. Segundo os dados, a taxa de mortalidade por câncer aumentou até 1991, depois caiu continuamente até 2017, resultando em um declínio geral de 29%.
Samira Mascarenhas explica que o dado é impulsionado por declínios nas taxas de mortalidade para os quatro principais tipos de câncer – pulmão, colorretal, mama, próstata. No entanto, na última década, as reduções diminuíram para o câncer de mama feminino e colorretal e pararam para o câncer de próstata.
Em contraste, os declínios aceleraram para o câncer de pulmão, de 3% ao ano de 2008 a 2013 para 5% de 2013 a 2017 em homens e de 2% a quase 4% em mulheres, estimulando a maior queda de um único ano na mortalidade geral por câncer de 2,2% de 2016 a 2017. “Vale alertar que o câncer de pulmão ainda causou mais mortes em 2017 do que os cânceres de mama, próstata, colorretal e cerebrais combinados”, diz a oncologista Samira Mascarenhas.
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