No consenso internacional de especialistas, que comparou as abordagens cirúrgicas para o tratamento do câncer de pulmão, o Brasil foi representado pelo cirurgião torácico baiano Ricardo Sales, coordenador da Medicina Respiratória do Hospital Cárdio Pulmonar (HCP), unidade referência em videocirurgia de tórax. O estudo reuniu especialistas de diversos continentes, e foi publicado no início do mês na revista americana Innovations: https://bit.ly/2H9Kopf
Como explica Ricardo Sales, a publicação, que reuniu 17 mil artigos e selecionou os 145 mais criteriosos numa meta-análise das diversas técnicas cirúrgicas para o câncer de pulmão, pode ajudar os times de cuidado a entender e interpretar os resultados do tratamento mais efetivo para neoplasia pulmonar que é a cirurgia.
“Fica claro que as técnicas minimamente invasivas, o que inclui as cirurgias videoassistida e a robótica, são superiores à cirurgia aberta convencional, a toracotomia, porém são equivalentes entre si em resultados clínicos”, atesta. Ao comemorar os avanços dos procedimentos, o cirurgião diz que os grandes hospitais do país já dispõem das técnicas minimamente invasivas, que trazem maiores benefícios ao paciente.
“No lugar de uma grande incisão como era feita tradicionalmente, com afastamento das costelas ou abertura do osso esterno, na cirurgia minimamente invasiva são feitas pequenos cortes que possibilitam menor desconforto no pós-operatório, reduzem riscos de infecção e, consequentemente, possibilitam breve retorno às atividades cotidianas”, compara.
Robótica
“A cirurgia robótica vem se consolidando no mundo há 20 anos, mas a sua indicação depende da decisão do cirurgião, que, além de contar com uma equipe treinada, precisa avaliar se a técnica é pertinente ao caso”, explica o especialista, um dos pioneiros na cirurgia robótica do tórax no Brasil, com experiência de quase 10 anos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
“Esse estudo internacional demonstrou que as cirurgias minimamente invasivas videoassistidas, que podem ser por um acesso (uniportal) ou por várias incisões (multiportal), apresentam resultados bastante equivalentes à robótica, que ainda tem alto custo para pacientes e hospitais”, compara.
O cirurgião torácico diz ainda que, apesar de a robótica representar o que há de mais moderno em cirurgia videoassistida minimamente invasiva, é preciso tranquilizar o paciente que ainda não tem acesso à técnica. “Isso não significa menor segurança ou resultados inferiores para o procedimento. As diversas modalidades minimamente invasivas possuem resultados equivalentes à cirurgia robótica no tratamento do câncer de pulmão e diversas outras doenças”, explica.
O especialista pontua ainda que “toda técnica precisa ser adequada ao problema do paciente, de maneira eficaz, e levar em conta o custo efetivo e o treinamento dos times cirúrgicos em diversas técnicas, certamente, ajudam nesse discernimento”.
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