Salvador segue a tendência mundial e se consolida na realização da angioplastia arterial pulmonar por balão (AAPB), que, associada ao uso de medicamentos, tem apresentado resultados positivos para o tratamento de portadores de hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) sem perfil para cirurgia.
A afirmação é do cardiologista intervencionista e hemodinamicista do Hospital Cárdio Pulmonar, Fábio Solano, pioneiro no Brasil no tratamento da doença via hemodinâmica. Ele foi o responsável pela introdução da técnica no país, tendo iniciado as intervenções na capital baiana em 2015.
Como diz o especialista, a cirurgia pulmonar de tromboendarterectomia, também já consolidada em Salvador, é o tratamento preferencial para os pacientes com HPTEC, pois pode curar a doença e evitar a morte. “No entanto, a intervenção é contraindicada quando as artérias pulmonares obstruídas são pequenas e de difícil acesso ou quando há um risco cirúrgico alto para o paciente”, explica.
Nesses casos, como diz Solano, a angioplastia é realizada através de cateterismo cardíaco, feito em várias sessões e em diferentes dias para desobstruir o maior número possível de ramos arteriais pulmonares comprometidos. “A técnica reduz a pressão sanguínea pulmonar e a sobrecarga cardíaca, melhorando a qualidade de vida dos pacientes através da redução dos sintomas”.
“Hoje, Salvador oferece todas as modalidades de tratamento para a HPTEC, desde a cirurgia, feita com sucesso desde 2015, pela equipe do dr. Iury Melo (cirurgião torácico da equipe do Cárdio Pulmonar), à angioplastia por cateter e o tratamento medicamentoso específico, tornando-se um pólo de referência em níveis regional e nacional”, comemora.
Encontro
Em função desse posicionamento, a capital baiana sediou, nos dias 8 e 9 de fevereiro, o 1º Encontro de Hipertensão Pulmonar e HPTEC do Norte-Nordeste para discutir conceitos e promover atualizações acerca do tema.
A atividade, incluída no Programa de Extensão Universitária da Universidade Federal da Bahia, foi presidida pelo pneumologista Antônio Carlos Lemos, que também é da equipe do HCP, e reuniu cerca de 60 médicos, entre pneumologistas e cardiologistas da Bahia e de diversos centros das regiões Norte e Nordeste, além de profissionais da indústria farmacêutica.
A doença
A hipertensão pulmonar tromboembólica crônica é uma forma de hipertensão pulmonar caracterizada por obstruções em ramos arteriais pulmonares, aumento da pressão sanguínea dentro do pulmão, sobrecarga do coração e desenvolvimento progressivo de insuficiência cardíaca.
A HPTEC pode desenvolver-se após um ou mais episódios de tromboembolia pulmonar (TEP), a partir da qual coágulos formados em veias profundas do corpo migram através da corrente sanguínea e obstruem artérias dos pulmões.
Fazem parte do quadro clínico o aparecimento de sintomas como falta de ar ou cansaço, desmaios e edemas em pés e pernas. “Apesar do uso de medicações específicas, a doença progride com o passar do tempo, podendo levar à morte”, diz o cardiologista Fábio Solano, acrescentando que a maioria das pessoas não tem diagnóstico prévio de TEP, o que dificulta a detecção da HPTEC, frequentemente identificada em estágios mais avançados e, muitas vezes, irreversíveis.
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