Não é por acaso que no mês em que se destaca a prevenção do câncer de pulmão comemora-se também o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), principal causa da doença. Para 2019, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de quase 19 mil novos casos de tumores de pulmão, traqueia e brônquio em homens e mais de 12 mil novos casos em mulheres.
O coordenador do Serviço de Pneumologia do Hospital Cárdio Pulmonar, o pneumologista Marcel Albuquerque, diz que o câncer de pulmão é a principal causa das mortes evitáveis no mundo e que a incidência depende de alguns fatores, como a carga tabágica e a idade. No entanto, as pessoas que fumam têm até 30 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão.
“Tabagistas com alta carga de tabaco, por longo período têm risco acumulado de 30% de desenvolver câncer de pulmão durante a vida”, alerta. “A cessação do tabagismo está claramente associada à redução do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão, assim como também à diminuição da possibilidade de surgimento de novo tumor associado”, explica Marcel Albuquerque.
Estima-se que o risco de doenças relacionadas ao tabaco pode ser reduzido de 20 a 90% com o fim do hábito de fumar. “Após cinco anos de cessação, o risco de doença cardiovascular reduz pela metade. Após 15 anos, o risco de câncer de pulmão reduz de 80 a 90% em comparação a tabagistas ativos. Entretanto, jamais irá se igualar a pessoas que nunca fumaram”, pontua.
Marcel Albuquerque, que também coordena o Programa de Cessação do Tabagismo do HCP, ressalta que parar de fumar não é tão simples devido à nicotina, responsável pela dependência química. Conforme destaca, os sintomas de abstinência são os principais motivos pela dificuldade da cessação. “A dependência química que ocorre com o cigarro é uma das mais significativas, estando, inclusive, à frente de outras drogas como o álcool e a maconha”, pontua Marcel Albuquerque.
Diagnóstico e tratamento
De acordo com o cirurgião torácico Ricardo Sales, coordenador da Medicina Respiratória do HCP, no Brasil, cerca de 80 a 90% dos casos são diagnosticados em fase avançada: o que diminui as chances de cura e aumenta os custos do tratamento.
Na questão do diagnóstico precoce, Ricardo Sales ressaltou a necessidade de identificar a população de risco; em geral fumantes acima de 55 anos ou ex-fumantes que tenham parado nos últimos 15 anos: essas pessoas merecem realizar ao menos uma vez no ano a tomografia torácica de baixa dose.
Ao destacar a importância do suporte da equipe multidisciplinar, o médico reforçou que a cura do câncer de pulmão depende do estágio, podendo o tratamento ser através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou ainda por modalidades combinadas.
“Os novos tratamentos medicamentosos proporcionam um aumento significativo da sobrevida dos pacientes. Novas drogas com menos efeitos colaterais e mais eficazes vêm surgindo na última década”, destacou Sales.
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