O Brasil registra queda no número de fumantes a cada ano, conforme balanço do Ministério da Saúde (MS). As políticas públicas, com limitação à propaganda, controle do preço e do local de uso, vêm inibindo o consumo. Cerca de 10% da população consome tabaco diariamente, número que se aproximava de 30% no final da década de 90. “Devemos manter o alerta já que no Brasil ainda há mais de 20 milhões de tabagistas”, sinaliza o pneumologista Marcel Albuquerque, em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio.
“Depois da era gloriosa do cigarro, vivemos um período de clareza. O tabaco era status, visto como algo aceitável e até desejado. Hoje, o acesso à informação é muito mais fácil e a conscientização também é muito maior, tanto por parte do público quanto da mídia. Todos conhecem seus malefícios e ajudam a divulgar”, completa o médico que coordena o Programa de Cessação do Tabagismo do Hospital Cárdio Pulmonar.
“É importante que a sociedade compreenda que a luta contra o tabagismo é a favor da vida e se posicione ao lado das políticas públicas que reduzam o uso do cigarro. Aumentar taxas, impostos e multas na fabricação é comprovadamente eficaz e traz ganhos à sociedade”, reforça o cirurgião torácico Ricardo Sales, coordenador da Medicina Respiratória do HCP.
Ricardo Sales comenta a medida da Advocacia-Geral da União (AGU), que protocolou na Justiça Federal do Rio Grande do Sul uma ação civil pública em que pede a condenação das maiores fabricantes de cigarros do Brasil e suas matrizes estrangeiras a ressarcir os gastos da rede pública de saúde com tratamentos de doenças causadas pelo tabaco. “Esse processo da AGU em andamento certamente terá todo apoio da classe médica que convive e sofre diuturnamente com os problemas causados pelo cigarro nos pacientes e nos familiares”, comenta. “Fumar não é opção ou hábito, é uma doença adquirida após exposição a substância que vicia”, completa.
Doenças oncológicas
O pneumologista Marcel Albuquerque explica que, além do pulmão, vários órgãos e sistemas sofrem com o consumo do tabaco, como o coração e todo o sistema cardiovascular. “Doenças oncológicas em vários órgãos estão bastante relacionadas ao cigarro, até mesmo câncer de bexiga. Mesmo com esse conhecimento, a dependência química e psicológica são as principais barreiras para a cessação, devendo ser tratadas”, orienta Marcel Albuquerque que no serviço atua juntamente com uma psicóloga.
Na maioria das vezes, algo marcante ocorre para o paciente tomar a decisão de parar de fumar, seja um diagnóstico de uma nova doença, a chegada de um novo filho ou neto ou até mesmo mudanças de crenças, como comenta o especialista.
“Os pacientes enfrentam a dependência física e psicológica, o que varia em cada um. Alguns questionários nos auxiliam a identificar o grau da dependência e nos direcionam para a necessidade do uso de medicamentos ou psicoterapia. Ambas dependências devem ser tratadas em conjunto para um resultado mais eficaz”, explica o médico, lembrando da importância do apoio da família.
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