A primeira cirurgia para tratamento de arritmia cardíaca por crioablação focal, método considerado mais eficiente para o tratamento definitivo de determinados distúrbios do ritmo, foi realizada este mês em Salvador. Um paciente de 11 anos, que sofria de taquicardia supraventricular, cujo foco da arritmia estava localizado muito próximo ao sistema elétrico normal, foi submetido com sucesso à intervenção minimamente invasiva. Pioneiro no Nordeste/Norte, o procedimento foi realizado no Hospital Cárdio Pulmonar, sob a coordenação do cardiologista Luiz Pereira de Magalhães.
“A crioablação está indicada no tratamento definitivo de focos de arritmia, que podem ser congênitos ou adquiridos. A técnica é plenamente difundida em países de primeiro mundo e teve sua aplicação iniciada no Brasil mais recentemente”, pontua o especialista, destacando que a crioablação focal pode ser indicada para pacientes de diversas faixas etárias, de crianças a idosos.
“O paciente obtém alta 24 horas após o procedimento e pode voltar às atividades normais dentro de cinco a oito dias. Não há incisão ou pontos para serem retirados e a pessoa deixa de usar medicamento antiarrítmico”, completou o cardiologista.
Técnica
A ablação por cateter é um procedimento realizado por cardiologistas especialistas em eletrofisiologia e consiste na colocação de cateteres através de vasos dentro do coração. Eles são guiados por sistema de raio-x e computador para localizar com precisão e eliminar apenas os focos que dão origem às arritmias cardíacas, ou seja, partes do coração que causam batimentos anormais.
Diferentemente da ablação convencional, técnica realizada há mais de 20 anos na Bahia e que utiliza aplicação de calor através da emissão de ondas de radiofrequência na ponta do cateter, a crioablação focal compreende a aplicação de frio, com congelamento da ponta do cateter. “O calor lesiona irreversivelmente o tecido que está sendo ablacionado. Já a aplicação a frio permite a observação de lesão mais limitada e controlável, e é passível de reversão imediata, caso haja risco de lesão de estruturas normais em volta do foco”, explicou o médico.
Em casos em que o local da arritmia está muito próximo ao sistema elétrico normal do coração, tem-se a segurança de destruir o foco sem afetar as áreas sadias, como completa o especialista. “Isso se traduz em eficácia com menor risco de complicação”, ressalta.
A técnica de crioablação pode ser utilizada no tratamento de diversas arritmias: focos congênitos como taquicardia paroxística supraventricular, que afeta de 2,9 pessoas a cada mil; arritmia ventricular e fibrilação atrial, mais frequente das arritmias, envolvendo mais de 10% dos idosos. “A fibrilação atrial é um tipo de arritmia que pode levar a palpitação e risco de embolia e acidente vascular cerebral”, completa.
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